sábado, 4 de dezembro de 2010

Chevrolet Opala

O VI Salão do Automóvel, realizado entre os dias 23 de novembro e 8 de dezembro de 1968, foi escolhido pela General Motors do Brasil para lançar o seu primeiro automóvel de passeio nacional, o Chevrolet Opala 1969.

Antes disso, em 1966, a GM inicia o projeto 676, que era a adaptação do Opel Rekord alemão.

Para redesenhar o carro, adaptando-o ao clima, topografia, estradas e ao gosto brasileiro, já que o Opel Rekord foi projetado para rodar na Europa, houve profundas transformações nas instalações e nas rotinas operacionais da General Motors que tinha que manter ainda sua produção normal de veículos comerciais. Através de muita pesquisa o departamento de engenharia da GM do Brasil “tropicalizou” o carro. Muitos testes foram feitos na Rodovia Castelo Branco, que na época era usada como pista de testes, conforme depoimento do engenheiro mecânico Marcelo Dias responsável na época pela adaptação do eixo traseiro do Opel Rekord para o Opala.
Acrescentando um “a” ao nome original, alguns dizem ser a junção do Opel europeu com o Impala americano, cria-se o que viria a ser uma marca forte por muitos anos.
Dois anos e meio depois, estava pronto o Chevrolet Opala.
No seu lançamento a GM adotou dois tipos de motores, o 4 cilindros do Chevy Nova de 2.509 cm³ e o 6 cilindros de 3.764 cm³. Oferecido nas versões Opala Especial, Opala Luxo e Opala Gran Luxo, todos com carroceria sedan 4 portas.


A partir de 1972 com o novo motor 4.100 cm³ de 6 cilindros é lançada a carroceria cupê de 2 portas.

Em 1973 surge o motor 151.

Com a crise do petróleo, é lançado o SS-4 1974.



A versão SS-6 passou a ter em 1974 o mais desejado dos motores do Opala, o 250-S. Esse motor tinha taxa de compressão maior , coletor de admissão fundido em alumínio, e um comando mais “brabo” com tuchos mecânicos.

Com esse motor a GM tinha a intenção de conseguir a homologação para as corridas.

Em 1974 era lançada também a Caravan.
Em 1975 a primeira grande reestilização. Surge também o Comodoro, substituindo o Gran Luxo, com algumas inovações como carburador de corpo duplo, cambio manual de 4 marchas no assoalho e o automático de 3 marchas, na coluna ou no assoalho.

Em 1978 a Caravan ganha também sua versão SS

Em 1980 outra reestilização e o lançamento do “sofisticado” Diplomata.
1982 é o ano em que foi introduzido o sistema de ignição eletrônica para os carros a álcool e a transmissão de 5 velocidades com a 5ª marcha overdrive.
Em 1985 é lançada a Caravan Diplomata.
1988 mais uma reestilização, o potente 250-S agora somente por encomenda, é substituído por um modelo alemão.
Em 1990 o motor 4.1 litros era mais potente e tinha menores emissões.
Para comemorar o encerramento da produção do Opala a GM produz cerca de 100 unidades do que ficou chamado Diplomata SE Collector. O carro vinha com uma pasta em couro com a inscrição Collector, aonde vinha um relógio, caneta, chaveiro, um filme em VHS com a história do Opala e uma carta de apresentação do modelo.
Em 16 de abril de 1992, depois de fabricar o Opala 1.000.000 a GM decide encerrar a produção do Chevrolet Opala.
A "produção" de novos Opalas termina mas a admiração por este ícone da indústria automobilistica brasileira continua presente em nossas ruas e corações!

Um comentário:

  1. Inclusive dizem que quando o Opala saiu de linha, teve buzinaço na porta da fábrica da GM em São Caetano do Sul em sinal de protesto.

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