Logo após o lançamento do VW Gol, no início da década de 80, a concessionaria Dacon de São Paulo lançou o Gol Cabriolet.
A dificuldade maior em transformar um carro fechado em conversível é a torção da carroceria. Para isso a Dacon resolveu o problema do Gol conversível fazendo uma gaiola, que corria na linha abaixo das portas, subia junto à coluna e se unia no topo.
Na frente ela subia junto ao painel e terminava perto das colunas da suspensão.
Externamente ele se destacava pela grade preta com quatro faróis, faróis de milha sob os pára-choques e spoiler.
Na traseira lanternas caneladas, nas laterais as rodas de liga leve davam um toque.
Com a capota abaixada podia-se ver as molduras circundando os vidros, e uma faixa estreita unindo as duas laterais na altura do fim das portas.
O interior em couro preto dava luxo e ao mesmo tempo esportividade ao conversível.
A estrutura do painel era a mesma porém usava os instrumentos da linha Passat. O carro contava ainda com vidros elétricos verdes e pára-brisas degradê, rádio AM/FM com toca-fitas completavam o interior.
O porta-malas foi sacrificado em função do estepe.
Porém a grande sacada foi a troca do motor 1300 cm³ a ar pelo 1600 cm³ a agua do Passat TS, que dobrava sua potência de 50 para 96 cv ainda que usando a caixa de câmbio original do Gol.
Em agosto de 1981 o carro custava Cr$1.500.000,00, mais ou menos o preço de um Chevrolet Opala Diplomata.
Fonte: Revista Quatro Rodas agosto de 1981
Eu já vi esse carro num filme nacional (acho que o nome era Rio Babilônia), mas o do filme era preto e tinha as rodas originais do Gol, agora o que destoou foram os bancos dianteiros sem encosto de cabeça que passam uma ideia de pobreza, por mais que o acabamento seja em couro, quanto a adaptação do motor MD no câmbio original do boxer refrigerado a ar, vai ver que a Dacon usou a mesma técnica que os anencéfalos de hoje que poem motor (ARGH!!!!) AP no Fusca usam, uma flange especial no câmbio para encaixar os dois.
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