Anonima Lombardia Fabbrica di Automobili-ALFA, assim era chamada, em 1910, após a aquisição da fabrica de automóveis francesa Darracq instalada na Itália a hoje conhecida ALFA ROMEO.
Criada em 24 de julho de 1910 e utilizando a cruz e a espada como símbolo, proveniente das famílias de Milão e cujo nome também passou a contar nos emblemas, produzia automóveis de luxo e excelente reputação.
Em 1915 passou por uma crise e foi adquirida por Nicola Romeo que incorporou seu nome à marca. Antes da Segunda Guerra Mundial os Alfa eram os carros mais caros do mundo além de imbatíveis nas competições, onde incorporava aos carros de rua a tecnologia aplicada nas pistas.
Vencedora do primeiro campeonato mundial de Gran Prix, atual Fórmula 1, teve ninguém menos que Enzo Ferrari como piloto e criador da escuderia preparando e competindo com os carros da marca. Daí nasceria a Ferrari como equipe de competição e fabrica de automóveis, mas esta é outra história.
Como todas as fábricas de automóvel da época na Europa, a Alfa suspendeu a produção de automóveis durante a Segunda Guerra Mundial e passou a produzir motores de avião. Findo o conflito, voltou a produzir automóveis e criou o Alfa Romeo 1900, sucesso de vendas.
Em 1954, foi lançado na Itália, o Alfa Giulietta, que viria a ser um grande sucesso e faria história
ao lançar em 1955 o Giulietta conversível.
O Alfa Romeo 1900, apesar do sucesso na Europa, não encantou o mercado norte-americano que preferia os modelos com mais adornos e cromados. Por esta razão a Alfa lançou, em 1958, o Alfa Romeo 2000, um sedã de quatro portas com muitos cromados, frisos e um pequeno rabo de peixe. Mesmo assim não agradou o consumidor dos EUA, acostumado aos "carrões" dos dourados anos 50.
Para substituir a linha Giulietta, nos anos 60 foi lançado o Alfa Romeo Giullia. Uma evolução mais sofisticada e potente e que foi produzida até 1972, mas o conversível permaneceu até o início dos anos 90.
Em 21 de abril de 1960, foi lançado no Brasil o FNM 2000 JK. Era o mesmo Alfa Romeo 2000 que passaria a ser fabricado no Brasil sob licença da Alfa Romeo italiana.
Em 1964, após o golpe militar, o carro passou a chamar-se apenas FNM 2000, em 1966 foi lançado o esportivo Timb, que a princípio seria chamado de Jango (nome de outro presidente brasileiro) mas que por motivos óbvios não foi aceito pelo então governo militar. O FNM 2000 Timb (turismo internacional brasileiro) se diferenciava do modelo normal por seu câmbio com alavanca no assoalho, bancos dianteiros separados, vidros verdes, pára-choque dianteiro bipartido, capô dianteiro sem ressalto, taxa de compressão maior e preparação para receber dois carburadores duplos horizontais (vendidos como acessórios), além do logotipo Timb na tampa do porta-malas e no capô do motor.
Em 1968 a FNM foi vendida para a Alfa Romeo italiana que fez pequenas modificações no FNM 2000, como friso lateral e grade dianteira e incorporou o servofreio como opcional.
Em 1969 o carro passou a chamar-se FNM 2150, quando teve seu motor "aumentado" de 1975 cm³ para 2132 cm³, tendo novamente mudanças no capô dianteiro e nos frisos, além dos conhecidos canos de descarga que deixaram de sair do pára-choque traseiro.
Em 1970 um novo painel, espelho retrovisor saiu do painel e foi para o alto do pára-brisa e mudanças nos pára-choque traseiro.
Em 1971 freios a disco opcionais na dianteira, nova grade e pára-choques.
Em 1974 foi lançado o Alfa Romeo 2300, que viria a substituir o 2150. Inspirado no Alfatta berlina, o carro foi desenvolvido para o Brasil com exclusividade. Pela primeira vez um automóvel nacional era equipado com freios a disco nas quatro rodas e cinto de segurança de três pontos, incluindo os passageiros do banco de trás.
Em 1977 foram lançados os modelos 2300 b e 2300 ti, com saída de ar condicionado para os passageiros do banco traseiro, novo painel com instrumentos retangulares, novas lanternas e as famosas maçanetas embutidas (largamente utilizadas nos fora-de-séria nacionais).
A Alfa Romeo do Brasil foi comprada, em 1978 pela Fiat, e em 1979 passou a ser produzido na fábrica da Fiat em Betim-MG que até 1985 introduziu algumas mudanças mecânicas como carburação quádrupla no ti4.
Em março de 1986 a produção do Alfa Romeo foi encerrada no Brasil.
Fonte: Site oficial Alfa Romeo, Revista 4 Rodas, Automóveis no Brasil-Marcas que o tempo não apaga, Best Cars Uol.
Esses últimos Alfas nacionais de 1984 a 1986 eram verdadeiros carrões, li numa revista Quatro Rodas de época que, pelo preço de um deles em 1986, dava pra comprar dois Santanas dos mais luxuosos e pelo porte do Alfa e pela carburação quadrupla, o consumo dele era bom, segundo o que eu li, ele fazia pouco mais de 5 Km/l na cidade, mas o tanque de combustível dele tem capacidade para 100 litros, logo, o tamanho do tanque compensa o consumo um pouco alto.
ResponderExcluirTrabalhei como Assistente da Diretoria da FNM de 1964 a 1967, na Rio-Petrópolis,
ResponderExcluirna época do Presidente da empresa Aluisio, do Diretor Aldovandro e do meu amigo Baroni (piloto de provas ganhador assíduo em Brasília...). Ao longo da minha vida tive 3 alfas brasileiros - sempre foi o melhor carro brasileiro até 1986, quando deixou de ser fabricado no Brasil. Estou à disposição para confirmar fatos relativos à fábrica, antes de ser transferida para Betim/MG.
Meu nome: Alexandre Coelho Santos. Meu e-mail: alexandrecoelhosantos@gmail.com
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