segunda-feira, 1 de junho de 2015

DARDO F - 1.3

Minha fascinação por esportivos fora-de-série das décadas de 70/80 se dão principalmente pelo que a indústria automobilística brasileira "não" ofereceu naquele tempo. Digo não ofereceu porque convenhamos, Fusca, Chevette, Corcel, Fiat 147 entre tantos outros eram simples veículos de locomoção. 
Não fosse pelo Maverick GT, Opala SS, Charger R/T e Passat TS estas décadas teriam passado em branco.
Daí as pequenas fábricas de veículos fora-de-série terem feito tanto sucesso, apesar de não serem maravilhas sobre rodas.



Revendo a edição número 232 de novembro de 1979 da revista Quatro Rodas me deparei com o teste do Dardo F - 1.3. A grande diferença deste para os outros tantos fora-de-série daquele tempo era sem dúvida sua motorização Fiat, e quem construiu o carro foi ninguém menos do que Toni Bianco e fabricado pela Corona S.A.
Mas seu projeto original era Bertone e o carro era cópia do Fiat X 1/9 que era produzido na Itália.
Sua carroceria em fibra de vidro em cunha e  teto removível deram ao carro uma aparência esportiva e boa penetração aerodinâmica.


Na dianteira faróis escamoteáveis, pára-choques embutido na carroceria e spoiler formavam um conjunto agradável.
 Na traseira lanternas do Alfa Romeo 2300 e pára-choques embutidos.


Interior em couro nos bancos, laterais de porta e painel davam requinte ao carro, que contava com ar condicionado, mas o painel da Variant II não combinava com o luxo.


Por usar mecânica Fiat o carro usava plataforma em três partes (dianteira, central e traseira) feitas com tubos de seção retangular integradas por caixas de chapa triangular. O conjunto assim "amarrado" era mergulhado em fibra de vidro e posteriormente unido à carroceria sob pressão.
Mas o diferencial do Dardo F - 1.3 se dava pela localização central de seu motor de 1.297 cm³, o mesmo do Fiat Rallye, que lhe rendia 72 cv. 
Freios à disco nas quatro rodas, aros 13 de liga leve tala 5,5 pol e pneus radiais 165/70/13 completavam o carro.
Em novembro de 1979 o Dardo F - 1.3 custava Cr$ 424.000,00, o Fait Rallye Cr$ 169.690,00; MP Lafer Cr$ 303.921,00; Bianco S Cr$ 350.750,00.

5 comentários:

  1. QUE BOM SERIA SE ALGUÉM RESGATASSE TODOS OS DARDOS, FAZENDO UMA COLEÇÃO ÚNICA E DIFERENTE DE TANTAS IGUAIS QUE VEMOS POR AI!

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  2. O Fusca não é um "veículo de locomoção", é uma lenda sobre quatro rodas e "apenas" o carro mais vendido da história com mais tempo em produção com a mesma aparência e configuração mecânica e sem contar que foi considerado o "carro do século", pergunta se o Fiat 147 ou os outros que você citou sequer chegaram perto disso???, acho que 21.529.464 milhões de pessoas não podem estar enganadas. ;) ;) ;) ;)

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  3. Prezados e distintos colegas, por favor não considerem a resposta do sr. Daniel Pardo. Ele simplesmente ignorou o assunto, desviando o sentido real da materia, onde "veiculo de locomoçao" não referia-se à "esportivos". Dentro destes moldes, certamente terá problemas para diferenciar uma motocicleta e uma bicicleta... (e não interessa qual foi mais vendida no mundo)

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  4. Testei um destes uma vez para comprar , o vendedor da revenda disse que o desempenho era impressionante, mas me decepcionou. Tive Fiat Rallye 1979 e 1980 e me pareceu que o carrinho de linha era mais esperto. O dardo era charmoso, mas muito pequeno por dentro. Pegamos uma reta de 2 km onde atingiu quase 160 km/h no velocímetro e o vendedor festejou, mas como eu queria dar um MIURA MTS 1.6 , com motor passat no negócio e desisti depois do teste drive, tive que levar o vendedor para andar no meu carro.. Ai a decepção aumentou, o meu MTS 1980 marcou 190 km/h no velocímetro no trecho e convenceu o vendedor..

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  5. Bom dia alguém pode me ajudar qual o Cabo de velocímetro usado no dardo 1.3 e como e instalado se é na roda diant?

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