quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PUMA GTS 1975 - TESTE

Não escondo de ninguém minha admiração pelo Puma, tanto é que tenho 3, vejam aqui
Sempre que encontro alguma matéria sobre o "felino" publico no Autos Clássicos.
A edição nº  180  de julho de 1975 da revista 4 Rodas traz o teste do Puma GTS , este seria o último ano em que o GTS/GTE viria com o chassi do Karmann Ghia, pois a VW iria descontinuar a fabricação do modelo. 



À partir de 1976 o Puma já viria com chassi da Brasília.
Mas vamos ao que dizia o teste.
A mecânica VW, no caso um 1.600 cm³ com dupla carburação e 71 cv, nunca esteve à altura deste esportivo. Já no início da matéria isso fica bem claro: " O Puma GTS pretende ser um Gran Turismo e, analisando sob este prisma decepciona, logo no primeiro contato, pela falta de potência."


Apesar da boa estabilidade, já que o entre-eixos do Karmann Ghia TC é encurtado em 25 cm, ótimos freios e pneus radiais o GTS não chega a impressionar como esportivo.



Os números, se comparados ao VW SP2 e ao Karmann Ghia TC, até que são superiores:
Velocidade máxima:
Puma GTS                  VW SP2             Karmann Ghia TC
153,52km/h                 150,62 km/h        137,40 km/h

Mas tanto o SP 2 quanto o TC nunca foram exemplos de potência.

Fabricado sobre a plataforma do VW Karmann Ghia TC encurtada em 25 cm, carroceria em fibra-de-vidro reforçado duas portas, dois lugares. Motor 1.600 cm³ e dupla carburação Solex 32 que rendem 71 cv a 4.700 rpm com taxa de compressão de 7,2:1 com uso de gasolina comum. Na época se indicava usar 1/2 gasolina comum e 1/2 gasolina azul. Aceleração de 0 a 100 km/h em 15,1s.
Rodas de magnésio de 5,5 polegadas e pneus 165/70/14 na dianteira e 185/70/14 na traseira. Opcionalmente poderia vir com rodas traseiras de 7 pol.
Pesando 730 kg e com um baixo coeficiente aerodinâmico, o GTS era muito econômico e chegava a fazer mais de 13 km/l, marca superior ao VW Sedan 1300 que fazia 12,7 km/l.
Claro que em um esportivo o que se espera é potência, não economia...
Apesar de ser um carro feito "artesanalmente" o acabamento nunca foi o forte dele. A capota feita sob medida para cada carro nunca foi um primor, e agua e poeira entram ser serem convidadas, apesar de ter sido elogiadas no carro testado.


A posição do volante, segundo a revista, também deixa à desejar, pois está em uma posição muito horizontal, o que dificulta a "pegada". O teste ainda detectou um angulo de abertura das portas muito pequeno; o reflexo do painel no pára-brisas foi apontado também como um defeito; as alças do fechamento da capota estariam em uma posição perigosa, bem na direção do centro da cabeça de motorista e passageiro.
Ao que parece o teste apontou mais defeitos do que qualidades. 
Como sou suspeito em falar até vejo algumas pequenas "falhas" mas no geral acho o carro excepcional.


Em julho de 1975 o Puma GTS custava Cr$ 62.042,00; Puma GTE Cr$ 61.703,00; MP Lafer Cr$ 64.521,00; VW SP 2 Cr$53.555,00; VW Sedan 1300 Cr$ 28.128,00.




 

2 comentários:

  1. Bom dia! Se não me engano, a plataforma usada nesse carro, nesse ano, tanto no GTS quanto no Gte, era o assoalho do Karmann-Ghia e não no Tc, bem mais larga. Em 75 segundo semestre, foram lançadas as duas versões com a plataforma do Brasília, que perdurou até o último GTC

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