Não escondo de ninguém minha admiração pelo Puma, tanto é que tenho 3, vejam aqui.
Sempre que encontro alguma matéria sobre o "felino" publico no Autos Clássicos.
A edição nº 180 de julho de 1975 da revista 4 Rodas traz o teste do Puma GTS , este seria o último ano em que o GTS/GTE viria com o chassi do Karmann Ghia, pois a VW iria descontinuar a fabricação do modelo.
À partir de 1976 o Puma já viria com chassi da Brasília.
Mas vamos ao que dizia o teste.
A mecânica VW, no caso um 1.600 cm³ com dupla carburação e 71 cv, nunca esteve à altura deste esportivo. Já no início da matéria isso fica bem claro: " O Puma GTS pretende ser um Gran Turismo e, analisando sob este prisma decepciona, logo no primeiro contato, pela falta de potência."
Apesar da boa estabilidade, já que o entre-eixos do Karmann Ghia TC é encurtado em 25 cm, ótimos freios e pneus radiais o GTS não chega a impressionar como esportivo.
Os números, se comparados ao VW SP2 e ao Karmann Ghia TC, até que são superiores:
Velocidade máxima:
Puma GTS VW SP2 Karmann Ghia TC
153,52km/h 150,62 km/h 137,40 km/h
Mas tanto o SP 2 quanto o TC nunca foram exemplos de potência.
Fabricado sobre a plataforma do VW Karmann Ghia TC encurtada em 25 cm, carroceria em fibra-de-vidro reforçado duas portas, dois lugares. Motor 1.600 cm³ e dupla carburação Solex 32 que rendem 71 cv a 4.700 rpm com taxa de compressão de 7,2:1 com uso de gasolina comum. Na época se indicava usar 1/2 gasolina comum e 1/2 gasolina azul. Aceleração de 0 a 100 km/h em 15,1s.
Rodas de magnésio de 5,5 polegadas e pneus 165/70/14 na dianteira e 185/70/14 na traseira. Opcionalmente poderia vir com rodas traseiras de 7 pol.
Pesando 730 kg e com um baixo coeficiente aerodinâmico, o GTS era muito econômico e chegava a fazer mais de 13 km/l, marca superior ao VW Sedan 1300 que fazia 12,7 km/l.
Claro que em um esportivo o que se espera é potência, não economia...
Apesar de ser um carro feito "artesanalmente" o acabamento nunca foi o forte dele. A capota feita sob medida para cada carro nunca foi um primor, e agua e poeira entram ser serem convidadas, apesar de ter sido elogiadas no carro testado.
A posição do volante, segundo a revista, também deixa à desejar, pois está em uma posição muito horizontal, o que dificulta a "pegada". O teste ainda detectou um angulo de abertura das portas muito pequeno; o reflexo do painel no pára-brisas foi apontado também como um defeito; as alças do fechamento da capota estariam em uma posição perigosa, bem na direção do centro da cabeça de motorista e passageiro.
Ao que parece o teste apontou mais defeitos do que qualidades.
Como sou suspeito em falar até vejo algumas pequenas "falhas" mas no geral acho o carro excepcional.
Em julho de 1975 o Puma GTS custava Cr$ 62.042,00; Puma GTE Cr$ 61.703,00; MP Lafer Cr$ 64.521,00; VW SP 2 Cr$53.555,00; VW Sedan 1300 Cr$ 28.128,00.
Muitoom Curtis muito
ResponderExcluirBom dia! Se não me engano, a plataforma usada nesse carro, nesse ano, tanto no GTS quanto no Gte, era o assoalho do Karmann-Ghia e não no Tc, bem mais larga. Em 75 segundo semestre, foram lançadas as duas versões com a plataforma do Brasília, que perdurou até o último GTC
ResponderExcluirUma década depois deste post ter sido publicado, eu, um rapaz com meus 15 anos, dono de um GTS 78 tenho que dizer, apesar dos diversos defeitos dos Puma, digo sempre, não há carro mais divertido de se dirigir na mesma época, o carro é colado no chão igual kart, ótimas curvas e uma potência relativa bem divertida, um abraço amigo.
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