terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ih! Quebrou.

Na primeira viagem depois da restauração, Sul Brasileiro em Caxias do Sul, carro recém restaurado...ah Eduardo!

domingo, 28 de novembro de 2010

Amor à primeira vista – A restauração


Eduardo! Desmonta o SP que resolvi pintá-lo!
Eduardo é o mecânico do meu amigo Andrés, que na época dividia o “garajão” comigo e com meu amigo Irê.
- Tens certeza? Perguntou Eduardo.
-Absoluta, não posso mais olhar pra esse carro nessa cor.
-E de que cor vais pintá-lo? Perguntou ele curioso.
-Ainda não sei, vamos procurar vestígios da pintura original!
05 de maio de 2006.  Começou então a restauração.
Primeiro passo desmontar o interior. Sai banco, lateral de porta, carpete, forro... e o coração desmancha junto.

Retirado o painel surge ali a cor original.


 Prata ou o nome oficial da cor “Platina (Metálico) código 1225”. Não podia ser melhor, era a cor do 1º SP2 que vi na vida.

Depois tirar vidros, faixas laterais, motor, enfim... desespero! Será que a gente consegue montar de novo? Perguntei pro Eduardo.


O lado bom foi saber que o carro nunca havia sido batido e nem tinham podres, mas sim muita graxa.

Passada essa fase vem agora a pintura. Levamos o carro para oficina do “seu Pedrinho” um antigo pintor de carros. Hoje seu Pedrinho se aposentou e cultiva orquídeas.
O carro pintado volta pro “garajão” e começa a fase de montagem. E agora Eduardo? Consegue montar o quebra-cabeças? Perguntei preocupado.

As faixas refletivas estavam muito desbotadas.

A fita adesiva original é num tom vermelho escuro refletivo, quase vinho da Scotchcal 3M que não se encontra mais. Então eu tinha duas opções:
1ª manter refletivo, porém num tom vermelha vivo forte;
2ª manter a cor vermelho mais escuro, porém não refletivo.
Optei pelo não refletivo por achar a melhor solução estética. O problema era quem faria o trabalho pra mim.
Pedi socorro e fui salvo pelo meu amigo Roberto Amboni, já falei nele aqui, que fez um trabalho espetacular, ficou perfeito.

Alguns ajustes de tapeçaria: o forro estava errado e o encosto de cabeça adaptado de um carro moderno. Serviço pro “Magal”, um estofador de mão cheia e que há anos trabalha com carros antigos. Ainda vou falar nele por aqui.

Enfim em Outubro de 2006, depois de muitos serões com o Eduardo no garajão o SP2 imaginado por aquele menino de 10 anos estava ali, prontinho pra brincar.

As fotos de antes e depois da restauração.

No dia 27 de Outubro de 2008 a coroação do trabalho.


Esperando um dono!

Estratégicamente abandonado/estacionado em uma rua movimentada, com uma placa de vende-se no vidro traseiro, a espera de um "dono"!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Da série "Ih! Quebrou".

Meu amigo Andrés sob a Corvette de meu amigo Wolf.

Menos mal que é uma Corvette !!!

Amor à primeira vista - Os primeiros anos com meu SP2

Com o agora "meu  SP2"  seguimos da casa do ex-proprietário Jean em direção ao  1º encontro que
eu e o carro participariamos juntos, o 5º Encontro Sul-Brasileiro de Fuscas ali mesmo em Blumenau.



Naquele dia 22 de junho de 2003, João Paulo e eu no SP2 o Charles e o Renato com o carro de apoio, vai que o SP2 nos deixa na mão durante a viagem de volta, rumamos pra casa.
A viagem de Blumenau à Criciúma, cerca de 330 km, não poderia ter sido melhor. O carro era maravilhoso de se guiar, chegamos todos em casa “sãos e salvos”.
Junto com o carro vieram as rodas originais, manual do proprietário, material publicitário da época e algumas peças de reserva.
Fiz uma pequena revisão: troca de óleo, regulagem de carburador, troca de filtros, velas... o básico, pois como disse o carro era maravilhoso. As rodas originais foram repintadas, montadas nos pneus e o carro ficou devidamente “calçado”.


Era hora de aproveitar.
Participamos já em agosto de 2003,  com meu amigo Wolf em sua MG-B, junto com meu amigo e navegador Irê

e o Sr.Avery com sua Mercedes 500 SL conversível, do III Rally Internacional Classic Car Club.


 Meu amigo Irê de navegador, um verdadeiro expert na arte da navegação (é que ele tinha uma lancha e a gente achava que isso bastava. rss).


Chegamos num honroso 7º lugar em nossa categoria, nada mal.


Passeios, encontros, viagens... a mais longa, em fevereiro de 2005, com os amigos Charles na Santa Matilde conversível.

O Sr. Alveri na sua Mercedes 500 SL conversível, o Andrés, o Irê e eu com nossos SP2, até a Praia do Cassino-RS, cerca de 700 km de Criciúma-SC, onde comemos um saboroso churrasco na casa de meu amigo Dr. Eduardo Hass.
Ver um SP2 na estrada já é raro, imaginem três... alucinação?!


Apesar do calor de quase 40°, que o diga minha esposa Dóris, tudo transcorreu perfeitamente bem.
Mas uma coisa no carro me incomodava. Apesar da pintura perfeita, a cor não era a original do carro. O antigo proprietário havia dado um “banho” de tinta e o pintou de um tom dourado metálico.
Quando falei em pintá-lo na cor correta me chamaram de louco. Mas a idéia não saia de minha cabeça e um dia...


Depois eu conto...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Antigo roubado

Se voce viu este carro ligue para Tales no fone (11)7614 8486 ou entre em contato pelo

e-mail talesspinelli@gmail.com pois foi roubado em São Paulo-SP, na rua Imbó próximo à

Av. Sapopemba.

Loucura

Inaugurada em 1903 pelo então Governador Vidal Ramos parte de Lauro Muller e permite o acesso até São Joaquim a cidade mais fria do Brasil, aproximadamente 90km de Criciúma-SC.

 

Conhecida como Serra do 12 por seus 12km de muitas curvas hoje é chamada de Serra do Rio do Rastro

Loucuuuura!!!
Clica no link abaixo  e se arrepia!

  http://www.redbull.com/cs/Satellite/en_INT/Video/Drifting-Extreme--021242927819931?pageOrigin=RedBullBR&refmod=Related&refmodpos=0

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Amor à primeira vista


O ano era 1972, em uma viagem com meus pais à festa da uva de Caxias do Sul que ficou marcada em todo Brasil pela inauguração das transmissões em cores no Brasil. Eu tinha apenas 10 anos, como se pode observar na foto  (sim o rapazinho sou eu), mas já sabia que um dia iria ter o meu.


Já em Criciúma-SC o primeiro, ainda com cera, que acabava de descer da carreta.
Foi amor à primeira vista.

" A Grande Chegada, este é o nome da campanha publicitária que deverá lançar com grande impacto o novo VW-SP". Assim informava a edição nº121 maio/junho de 1972 da revista VW EM FOCO. A Volkswagen lançava no Brasil o primeiro carro totalmente projetado em terras tupiniquins. O Volkswagen SP1/SP2.

As letras SP fazem alusão ao estado de São Paulo onde o carro seria produzido, porém outra corrente atribui a sigla à Special Project ou Sport Prototype. Há ainda o apelido popular Só Para 2(dois) e no caso do SP1 a piada maldosa dizia Sem Potência

Mas a história do SP1/SP2 iniciou em 1969 com o aval do então presidente da Volkswagen do Brasil Rudolf Leiding.
Projetado pelo engenheiro Senor Schiemann e sua equipe, começava a criar forma o então chamado Projeto X.
A Volkswagen era até então a única montadora nacional a produzir um veículo esportivo, o Karmann Ghia. Porém via crescer o interesse por outro esportivo feito por uma empresa independente, ainda que com mecânica Volkswagen, o Puma.
A frente do SP foi baseada no modelo europeu Volkswagen 412 (Type 4) assim como o TL, a Variant e posteriormente a Brasília.

 Utilizando a mecânica e o chassi do TL/Variant com motor de 1.584 cc e 65cv a 4600rpm(SAE) no SP1 e 1.678 cc e 75 cv a 5000rpm(SAE) no SP2 vinha equipado com limpadores de pára-brisa com hastes pantográficas e acionador do esguicho d’agua e alavanca de acionamento dos limpadores na coluna de direção, pára-choques de borracha, frisos laterais de alumínio com faixas vermelhas refletivas.
Painel completo tendo velocímetro com odômetro total e parcial, conta-giros, marcador de gasolina, amperímetro, relógio de horas e indicador de temperatura (esses dois últimos apenas no SP2). Tinha ainda como opcional radio além de bancos “de fino acabamento, revestimento em material de alta qualidade ou opcionalmente em couro” conforme consta na revista VW EM FOCO.

Com 149 mm do solo e 1158 mm de altura foi o carro nacional de série mais baixo já produzido.
Sucesso no Brasil e no exterior, 670 unidades foram exportadas para a Europa, o SP2 teve 10205 unidades produzidas até fevereiro de 1976, sendo que do SP1 se produziu apenas 88 unidades (44 em 1972 e 44 em 1973) conforme meu amigo Roberto Amboni proprietário de um raro SP1 1972.

Por indicação de um amigo eu soube da existência de um SP2 em Blumenau-SC. Liguei para o proprietário, Sr. Jean, solicitando informações sobre o carro.
No dia 22 de junho de 2003, meu filho João Paulo, meus amigos Charles, Renato e eu rumamos para Blumenau para ver de perto o carro. Lá chegando, após as apresentações de praxe Renato e eu fomos fazer um “test-drive”.  A mais agradável das surpresas, o carro era excepcional, somente pequenos detalhes a serem corrigidos.

Enfim 31 anos depois, tinha realizado meu sonho. Aquele garoto de 10 anos que vira pela primeira vez um SP2 agora tinha o seu.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Breve histórico do automóvel no Brasil

Antes de falar propriamente nos meus carros, é preciso falar brevemente da História da

Indústria Automobilística Brasileira.

Em 25 de novembro de 1891 desembarcava no porto de Santos, importado por  Alberto

Santos Dumont, um Peugeot com motor Daimler a gasolina, de 3,5 cv e dois cilindros em V.

Mais parecido com uma charrete do que propriamente um automóvel foi o primeiro carro a

rodar no Brasil.


Em 1907 uma empresa que se dedicava a fabricação e reparos em carruagens de tração

animal, Luiz Grassi & Irmão, montou e colocou em funcionamento em São Paulo o primeiro

carro de que se tem notícia, um Fiat.

No dia 24 de abril de 1919 Henry Ford, fundador da empresa Ford, autorizou a criação da

subsidiária brasileira. No dia 1º de maio do mesmo ano, o presidente do Brasil, Epitácio

Pessoa, concedeu a aprovação do governo brasileiro.

Instalando-se primeiramente num armazém alugado na Rua Florêncio de Abreu em São

Paulo.



Posteriormente no ano de 1921, a Ford inaugurou sua primeira fábrica brasileira


especialmente construída para funcionar como uma de linha de montagem .


Na Rua Sólon, no bairro paulista do Bom Retiro.



Em 1925, chega a General Motors, instalando-se primeiramente num armazém arrendado na



Avenida Presidente Wilson, no bairro do Ipiranga São Paulo.





Em 1938, em plena guerra, o governo Getúlio Vargas decide criar a FNM, Fábrica Nacional


de Motores, para produzir motores de avião.


Durante a 2ª Guerra as oficinas se transformaram em fábricas para manter andando a frota


brasileira, que nesta época contava com aproximadamente 200 mil automóveis.


Em agosto de 1952 Vargas proíbe a importação de autopeças com similar nacional.


Em março de 1953 proíbe a entrada de veículos completos.

em armazém alugado na Rua do Manifesto, Ipiranga, em São Paulo, inicia a montagem da
Em 23 de março de 1953, com doze funcionários é fundada a Volkswagen do Brasil instalada



Kombi e do sedã 1200.




Era tido como impossível fundir bloco de motor em país tropical. Mas sob a orientação dos


técnicos da Mercedes-Benz em 1955, a SOFUNGE - Sociedade Técnica de Fundições


Gerais dava um grande passo no sentido da nacionalização dos produtos importados, com a


fundição do 1º bloco para motor diesel (Mercedes-Benz).  




.
O dia 16 de junho de 1956 é considerado a data de nascimento da indústria automobilística


no Brasil. Foi quando Juscelino Kubitschek, cinco meses após sua posse, assinou o


Decreto 39 412, criando o Geia, Grupo Executivo da Indústria Automobilística, 29 dias após a


fundação da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes.


Em 5 de setembro sai da linha de montagem da Máquinas Agrícolas Romi, em Santa Bárbara


do Oeste, SP, a Romi-Isetta, primeiro carro de passageiros nacional, com índice de


nacionalização de 70%.




Dois meses depois, em 19 de novembro, é fabricada pela Vemag a primeira  camioneta


DKW, com 60% do seu peso nacionalizado. A Perua DKW Vemag, cópia do modelo alemão


fabricado pela Auto Union, tinha um motor 2 tempos, 3 cilindros de 900cm³ que lhe rendia 40


cv. Era fabricado pela Vemag S/A – Veículos e Maquinas Agrícolas.




E assim a indústria automobilística brasileira dava seus primeiros passos, ou melhor rodava seus primeiros metros.